Tinha
um jeito singular de fechar os olhos quando experimentava emoção
bonita, coisa de segundos e coisa imensa. Era como se os olhos quisessem
segurar a lindeza do instante um bocadinho, o suficiente para levá-lo
até o lugar onde o seu sabor nunca mais poderia ser perdido. Eu via,
olhos do coração abertos, e nunca mais perdi de vista o sabor desse
detalhe. Porque quem ama vê miudezas com olhar suficiente pra nunca mais
se perderem.