quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Desastre - S.G. Browne

Então vou atrás dela por alguns quarteirões, estudando a maneira como se movimenta, seu jeito de andar, tentando compreender o que ela tem que eu considero tão irresistível. Daí noto que todas as pessoas que estão nas calçadas sorriem quando ela passa. E ela não está sorrindo para o povo nem dizendo algo que provoque uma reação, está apenas falando no celular. E não são apenas homens que sorriem para ela porque ela é gostosa e eles querem levá-la para a cama - ela é notada pelas mulheres também. Eu me questiono se estou apenas imaginando coisas, projetando neles a maneira como ela faz com que eu me sinta ou se é ela mesma que causa aquelas reações, quando pega um táxi e desaparece no mar de veículos que sobem pela Park Avenue.